CRIAÇÃO DA COMPANHIA MOGIANA
Fundação e organização da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
Oficinas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, Campinas (SP). Autoria desconhecida, 1910. Arquivo Público do Estado de São Paulo (2014).
Viajantes desta tripulação! Sejam todos bem-vindos à cidade dos pássaros. Meu nome é Catalão, estou aqui pra ajudar com as bagagens. Aqui é lugar de chegada e de partida...
Fundação e organização da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
Oficinas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, Campinas (SP). Autoria desconhecida, 1910. Arquivo Público do Estado de São Paulo (2014).
Companhia Mogiana chega a Minas Gerais, inaugurando a Estação Jaguará, em Sacramento.
Estação Jaguara, Sacramento. Autoria desconhecida, dec. 70. Acervo Blog Sobre Tilhos
Inauguração da estação da Companhia Mogiana em Araguari.
Complexo da Companhia Mogiana em Araguari. Autoria desconhecida, 1974. Acervo digital de Johannes Smit
Inauguração do novo prédio da Estação Mogiana na Praça da Constituição.
Estação Ferroviária da Mogiana. Autoria desconhecida, 1938. Revista SPR, 1/1939, Acervo Blog Estações Ferroviárias.
Primeira viagem do Trem Bandeirantes, ligando Campinas a Brasília, com passagem por Araguari.
Trem Bandeirante da RFFSA em Araguari. Autoria desconhecida, 1973. Acervo digital de Johannes Smit.
Companhia Mogiana é encampada à FEPASA (Ferrovia Paulista SA).
Mapa de linhas ferroviárias da Companhia Mogiana. Autoria desconhecida, 1970. “Ferrovias do Brasil 1970” – DNEF apresentação: Flavio R. Cavalcanti, Acervo Blog VFCO.
Os setores de atendimento da FEPASA são unificados à VFCO (Viação Férrea Centro-Oeste).
Locomotiva VFCO 37, sobre a Ponte do Inferno, Ibituruna (MG). Allen Jorgensen, 1975. Acervo Blog Trilhos do Oeste.
A FEPASA deixa de operar em Araguari.
Trem da FEPASA, de 1997, estacionado na garagem de Campinas (SP). J .H. Belório, 1997. Acervo Blog A Ferrovia Paulista.
A Estação da Companhia Mogiana é demolida; inicia-se a construção da Av. Batalhão Mauá.
Avenida Batalhão Mauá. Autoria desconhecida, 2015. Arquivo Gazeta do Triângulo.
O decreto n. 5.949 institui uma nova linha férrea chamada Estrada de Ferro Goyaz, que tinha como objetivo ligar o estado de Minas a Goiás.
Ponte ferroviária da estrada de ferro Goyaz sobre o rio Verissimo entre Goiandira e Ipameri. Autoria desconhecida, sec. XX. Arquivo IBGE, Blog Fototrem.
É inaugurado o primeiro trecho da EFG, ligando três estações: Araguari, Amanhece e Engenheiro Bethout, ainda dentro do estado de Minas Gerais.
Estação de Amanhece. Antônio Fernando Peron, 2007. Acervo Blog Ponto de Vista
A EFG, em graves dificuldades financeiras, é encampada pelo Governo Federal.
Mapa do trecho de Araguari a Tavares (Vianópolis) da estrada de ferro goiás em 1927. Inspetoria federal de estradas, 1927. Acervo Blog VFCO.
Inauguração do Palácio dos Ferroviários, prédio da Estação de Passageiros da EFG em Araguari.
Palácio dos ferroviários, Araguari (MG). Autoria desconhecida, dec.40. Arquivo Gazeta do Triangulo
Fundação da Associação Beneficente dos Empregados da Estrada de Ferro de Goyaz, também conhecida como Goyaz Atlética.
Goyaz Atlética atualmente. Autoria desconhecida, sec. XXI. Arquivo FAEC.
Construção das novas oficinas da EFG.
Oficinas ferroviárias da EFG. Geraldo Vieira, sec. XX. Acervo digital de Johannes Smit.
Inauguração da Escola Profissional Ferroviária da EFG, que ofertava cursos profissionalizantes para adolescentes que desejavam trabalhar na ferrovia.
Escola profissional ferroviária da EFG. Geraldo vieira, 1969. Acervo digital de Johannes Smit.
Construção de casas populares para compor a Vila Ferroviária, que abrigaria os trabalhadores da ferrovia.
Construção da vila ferroviária. Geraldo Vieira, 1989 – 1992. Acervo de imagens do Arquivo histórico e museu Dr. Calil Porto.
Alunos da Escola Primária Carmela Dutra. Autoria desconhecida, sec. XX. Acervo de imagens do Arquivo histórico e museu Dr. Calil Porto.
Hospital Ferroviário em construção. Geraldo Vieira, 1950. Acervo digital de Johannes Smit.
Inauguração da ETEF (Escola Técnica de Educação Familiar), instituição de ensino destinada à formação de mulheres para a vida doméstica e familiar.
Desfile cívico das alunas da ETEF. Autoria e data desconhecidas. Acervo de imagens do Arquivo histórico e museu Dr. Calil Porto.
Mudança da matriz da Estrada de Ferro de Goiás para Goiânia.
Estação ferroviária EFG em Goiânia (GO). Autoria desconhecida, sec. XXI. Acervo Jornal O Hoje.com
A Estrada de Ferro de Goiás torna-se parte da RFFSA.
Estação ferroviária RFFSA – São José Dos Campos (SP). Ligia Delgado, 2011. Acervo de Ligia Delgado.
Inauguração da Estação Araguari-Nova e desativação da estação da EFG de 1928 (Palácio dos Ferroviários).
Estação nova de Araguari. Glaucio Henrique Claves, data desconhecida. Acervo de imagens do Arquivo histórico e museu Dr. Calil Porto.
Aquisição da Estação da EFG (Palácio dos Ferroviários) pela prefeitura.
Palácio dos Ferroviários, sede da Prefeitura Municipal. Autoria desconhecida, 2021. Arquivo Prefeitura Municipal de Araguari.
Palácio dos Ferroviários passa a abrigar a sede da Prefeitura Municipal e o Museu dos Ferroviários.
Museu Ferroviário Municipal de Araguari, Palácio dos Ferroviários. Autoria desconhecida, 2015. Arquivo Gazeta do Triângulo.
Ainda em tempos de Brasil Colônia, o exército militar, incentivado pelo Governo de Portugal, já se envolvia em obras de engenharia civil no território nacional. A Engenharia Militar Brasileira tem seu marco inicial com a criação da Escola Central do Exército, localizada no Largo de São Francisco, no Rio de Janeiro. A escola passou a formar engenheiros militares, como afirma o pesquisador Edmar César em sua obra Batalhão de Mauá, uma história de grandes feitos.
Largo de São Francisco de Paula, onde localizava-se a escola central. Marc Ferrez, 1895. Acervo Pedro Eduardo Mesquita
Em 21 de setembro de 1880, por força de lei, ficou estipulado que os batalhões de engenheiros se empregariam em construir estradas de ferro, linhas telegráficas e outros trabalhos de responsabilidade do Estado. Assim surgiram os batalhões militares de engenheiros.
Exército Imperial Brasileiro. Autoria desconhecida, 1889. Acervo Brazil Imperial.
No dia 11 de fevereiro de 1938, o Decreto Presidencial n. 268 determinou a criação do Segundo Batalhão Ferroviário para construir o Tronco Principal Sul (TPS), da cidade de Rio Negro (PR) até Roca Sales (RS). Para essas construções, o Segundo Batalhão de Mauá se instalou em Rio Negro no dia 29 de julho do mesmo ano e foi designado a trabalhar no Sul, de Mafra ao Rio Ponte Alta do Norte.
Entrada da Sede do Batalhão de Mauá em Rio Negro. Autoria e data desconhecidas. Acervo Blog ClickRiomafra.
As obras prosseguiram e, em 1957, o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou o Tronco Principal Sul, que tinha sido responsabilidade do Segundo Batalhão de Mauá em Rio Negro.
Juscelino Kubitschek no Batalhão de Mauá. Autoria desconhecida. 1957. Acervo Blog ClickRiomafra.
Em 1964, uma comissão de oficiais do quadro de engenharia do Exército buscava locais para instalar uma nova Unidade de Construção para as obras da ligação ferroviária de Brasília ao Sul do país. O prefeito Miguel Domingos de Oliveira conseguiu argumentar com o quadro e garantir que Araguari fosse incluída nos planos.
Comemoração de 55 anos do Batalhão em Araguari. Autoria desconhecida, 1965. Acervo Gazeta do Triângulo.
A persistência nas negociações e a demonstração das vantagens de Araguari como sede para as operações do batalhão resultaram, no dia 10 de maio de 1965, na transferência do Segundo Batalhão de Mauá para Araguari.
“Foi primordial para o crescimento e desenvolvimento da cidade, porque, se o batalhão não vem pra cá, não construiria mais ferrovias pela região. Araguari talvez seria uma cidade mais morta hoje.”
Depoimento de Oswaldo Junior, ferroviário, maquinista.
Batalhão de Mauá, entrada principal. Autoria desconhecida, Dec.1980. Acervo de imagens do Arquivo histórico e museu Dr. Calil Porto.
Em seus 58 anos de atuação em Araguari, foram responsáveis pela construção dos trilhos do trecho Araguari-Uberlândia e pela ligação ferroviária Pires do Rio-Brasília. Os trilhos foram inaugurados em 1967 e, posteriormente, entregues à Rede Ferroviária Federal em 14 de maio de 1970. Além disso, assumiram a reforma de uma das pontes da região, a “ponte do A” – uma estrutura feita de concreto armado forma a letra A com suas colunas cruzadas. A obra resultou em uma ponte imponente, que carrega a letra inicial do nome da cidade de Araguari e atualmente é um dos símbolos da cidade.
Visita do batalhão de Mauá à linha Araguari a Uberlândia. Geraldo Vieira, 1969. Acervo digital de Johannes Smit.
Em 14 de março de 1967, o Batalhão Ferroviário cumpriu sua missão. Os trilhos de ferro chegaram a Brasília, abrindo o caminho para a chegada do primeiro trem de ferro à capital do país, em 21 de abril de 1968. As primeiras locomotivas adentravam a Estação Bernardo Sayão, consolidando Brasília como capital.
“A Locomotiva veio de Rio Negro para Araguari em 1965 e foi elemento imprescindível para o cumprimento com eficiência, qualidade e dentro do cronograma de trabalho, da missão primeira do Batalhão no Planalto Central, construindo a EF-050, rebocando pranchas e vagões. A JUNG faz parte de um dos maiores feitos do Batalhão na região do Planalto Central, tendo chegado a Brasília, às 17:30 horas do dia 14 de março de 1967, na estação Bernardo Sayão.”
Trecho retirado do site do 2º Batalhão Ferroviário
Locomotiva a vapor Rio Negro 1 chegando em Brasília (DF). Autoria desconhecida. 1968. Acervo Exército Brasileiro.
Substituindo as operações da Estação Goiás, foi também obra de responsabilidade do Segundo Batalhão Ferroviário (Batalhão Mauá). Trouxe mudanças no percurso férreo de acesso ao município, seguindo a política do Governo Federal prevista no Plano Nacional de Viação.
Estação Nova de Araguari. Rodrigo Flores. 2023. Acervo Blog Estações Ferroviárias do Brasil
Desde o início do funcionamento da corporação, o Batalhão colaborou também com ações urbanísticas, em parceria com o poder público, e filantrópicas, com o setor privado. Como exemplos, temos as iniciativas de preservação ferroviária, resultando na restauração da locomotiva n. 1 ao final da década de 1990. Após essa restauração, o exemplar foi transferido da Praça Gayoso Neves, sua primeira locação, para a Praça dos Ferroviários, onde fica atualmente.
Locomotiva a vapor Rio Negro-1 em ação na construção do TPS. Autoria desconhecida, por volta de 1950. Acervo Exército Brasileiro.
Em 26 de março de 1999, houve uma mudança nas nomenclaturas: o Batalhão de Mauá passou a ser chamado de 11º Batalhão de Engenharia de Construção (11º BEC), entretanto, em 29 de julho de 2015, retomou sua origem ferroviária e a denominação de Segundo Batalhão Ferroviário.
11º Batalhão de Engenharia de Construção – Passagem de Comando. Autoria desconhecida. 2012. Acervo Exército Brasileiro.
O Batalhão de Mauá permanece sediado em Araguari, trabalhando nas construções de edificações e missões variadas, como o serviço de pavimentação de logradouros em Araguari e a execução de obras remanescentes de duplicação e restauração da rodovia GO-213, trecho de 48 km entre Caldas Novas e Morrinhos, ambos no estado de Goiás.
Sede do 2º Batalhão Ferroviário, Araguari. Autoria desconhecida. 2020. Acervo Exército Brasileiro