Estação de Memórias é o maior programa de história oral sobre a ferrovia no Brasil. É realizado pela AIC (Agência de Iniciativas Cidadãs) a partir de iniciativa da VLI Logística e apoio das prefeituras municipais das cidades participantes.
Seu objetivo é registrar, valorizar e disseminar a memória ferroviária do Brasil, a partir do acervo de diferentes cidades que têm seu território cortado pela linha do trem.
Esse acervo é construído de forma colaborativa com a comunidade que viveu e vive em torno das estações. Histórias, documentos, fotografias e objetos são reunidos em espaços de memórias, que viram exposições permanentes dentro das estações. Muitas dessas estações estavam desativadas e o programa tem uma contribuição cultural, social e histórica ao abrir suas portas novamente para a comunidade. Colabora também para a preservação dos patrimônios históricos, artísticos e documentais relacionados à implantação das ferrovias no Brasil.
O Estação de Memórias é baseado no princípio da construção coletiva da memória social. Por isso, pedimos licença para chegar aos territórios e, desde o primeiro dia, nos reunimos com os parceiros locais para nos conectarmos e dar protagonismo à comunidade.
O trabalho inclui uma pesquisa que explora os arquivos oficiais de cada localidade e o patrimônio ferroviário já levantado. Também são realizadas chamadas abertas à população, entrevistas e rodas de conversas e, é por meio dessas ações, que são coletadas fotos, documentos, relatos e até objetos que contam as histórias das estações.
Por fim, todo esse acervo é organizado em forma de exposição permanente aberta à população. A expografia (organização e apresentação dos elementos em uma exposição) é um detalhado processo, que leva em consideração as referências de cada cidade e a colaboração da comunidade local.
O lançamento é um momento de alegria para todos os envolvidos, como uma grande homenagem à memória da comunidade que teve (e ainda tem) sua vida impactada pelo trem.
Durante o processo de reativação de estações de trens e construção de espaços de memória, a VLI, empresa de logística que hoje transporta as riquezas do país por mais de 300 cidades brasileiras, opta por resgatar a memória da ferrovia a partir das narrativas contadas pelas pessoas que nela viveram e que tiveram suas vidas atravessadas pela história da Estação.
Antes de tudo, buscamos conhecer a comunidade de ferroviários aposentados e seus familiares, comerciantes e vizinhos da Estação. Também contamos com o apoio das prefeituras, além da ajuda voluntária de funcionários aposentados, moradores, familiares e amigos de funcionários da ferrovia.
Todo o processo é feito com carinho e respeito pela memória dessa comunidade, que conta suas histórias, relembra personagens que já partiram e cedem fotografias que compõem os acervos. Sabemos que sempre haverá alguma história sem ser contada, afinal isso faz parte da memória coletiva e, alguns acontecimentos ficarão só na mente e no coração de quem viveu. Mas esperamos que todos os relatos que conseguirmos trazer nos espaços de memória sejam para trazer luz à história da Estação e honrar cada um dos responsáveis pela existência dela.
Para além de um local de trabalho ou de transporte, a Estação representou e representa um elo que nunca será perdido. Um elo de relações, sentimentos e trocas que foram um dia a maneira mais rápida de se chegar ao que chamamos de felicidade. A felicidade do encontro, da missão cumprida, do retorno e da partida. A felicidade de saber que, como uma viagem, a vida segue e sempre seguirá na esperança da descoberta de novos caminhos.
Para saber mais sobre a VLI, acesse:
www.vli-logistica.com.br/