Do clube dos capoteiros, passando pela banda e os times de futebol, sempre teve muita camaradagem e momentos bons nos dias de descanso em Divinópolis.
Ensinamento
Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor. Essa palavra de luxo.
Adélia Prado – “Ensinamento”, Bagagem (1976)
O trem atravessou e segue atravessando a vida dos moradores de Divinópolis. Ao seu entorno, surgiram histórias de amor, brincadeiras de criança, momentos de lazer e muitas amizades. Aqui, compartilhamos um pouco de como a ferrovia se fazia presente na vida dos divinopolitanos, mesmo fora do horário de trabalho.
Ferroviário Atlético Clube (FAC)
Dentro da Vila Operária, formou-se o conhecido time Ferroviário F.A.C., ou Ferroviário Futebol Clube, que animava as disputas de bola na cidade. Quando os treinos aconteciam em horários de trabalho, a ferrovia chegava a liberar seus integrantes para o treinamento em função do desejo de ver o time crescer. O Ferroviário F.A.C. desenvolveu atletas que fizeram carreira em grandes clubes de Minas Gerais e até fora do estado. Como exemplo, podemos citar Ubaldo, que, após um tempo treinando no Ferroviário F.C., foi encaminhado para jogar no Atlético Mineiro, em 1950. Toniquinho (ou Pauzinho) foi outro destaque do time, que chegou a jogar no América por volta de 1954, brilhando como um exímio goleador. O atacante Dimas Silva, formado em marcenaria pela Escola Profissionalizante de Divinópolis, também começou sua carreira de atleta no time dos Ferroviários de Divinópolis. Dimas logo partiu para a capital mineira jogando no Tupi e depois atuou no Vasco da Gama, no Rio de Janeiro.
Clube dos Ferroviários e o atual Clube dos Capoteiros
O Clube dos Ferroviários era uma agradável opção de lazer para os ferroviários e seus familiares. Além de oferecer piscinas e saunas para relaxar, o clube fomentava bailes, festas e a prática de esportes, comum em seus campos e quadras. A peteca e o futebol eram alguns dos esportes de interesse dos seus membros, junto dos famosos jogos de tabuleiro e dos torneios de cartas, que só podiam ser competidos pelos funcionários da ferrovia.
No início da década de 1990, com o fim do Clube, os ferroviários se organizaram para manter parte das atividades viva e criaram o Clube dos Capoteiros, que fica sediado nos antigos quartinhos da RMV. Dedicado exclusivamente ao jogo de baralho de buraco, o Clube tem como objetivo atender os aposentados da rede ferroviária que trabalhavam ali. A prática já existia desde a década de 1970, no então Clube dos Ferroviários, e se manteve nesse novo formato após o seu fechamento.
Com regras claras que proíbem outros tipos de jogo que não sejam o buraco – além do cigarro, da bebida e das discussões políticas no espaço –, o Clube tem hoje cerca de 20 membros. Quem atinge primeiro os 3000 pontos nos jogos é o ganhador. Quem não atinge pelo menos a metade dos pontos, é considerado um Capoteiro. Um quadro na sala exibe quem deu e quem tomou os últimos capotes.
Informações cedidas pelo ferroviário aposentado Fernando Antônio Simões.
Bandas
A música está presente desde os princípios da história ferroviária divinopolitana. Os primeiros registros são da banda de música Oeste de Minas, fundada por Manoel Carregal e composta por ferroviários no final do século XIX. Muitos músicos vieram também entre os diversos ferroviários que migraram de Cruzeiro do Sul para trabalhar na RMV em 1944, por exemplo. Destaca-se o Sargento Luiz, de Bom Despacho, fundador da Banda Santa Cecília, que alguns anos depois foi abrigada nos quartinhos da Rede. A Banda contou com o apoio da empresa por algum tempo, mas, devido a questões políticas, acabou perdendo esse suporte e teve suas atividades encerradas. Momentos mais tarde, o Maestro João Pinto, de Cruzeiro do Sul, fundou a Lira de Santa Cecília. Contando com novo apoio da RMV, a Banda se colocou entre as melhores agremiações musicais civis da região. Nessa ocasião, a empresa chegou a fundar uma escola de música e a patrocinar novos instrumentos para o grupo.
Histórias na gaveta
Remexendo as gavetas de memórias do trem de ferro por essas bandas é muita história que a gente encontra. De vidas vividas nas cercanias das linhas férreas rendem boas risadas, romances, acenos e até milagres atravessados pelo apito do trem. Fique à vontade para revirar e se surpreender com algumas dessas memórias colhidas na boca miúda da cidade e, ainda, para rechear essas gavetas com velhas ou novas memórias que o trem de ferro deixar por aqui.
Ferrovia em miniatura: doente por ferrovia
Quando Everton ligou a luz, ficamos surpresos. Não há como não se impressionar com a maquete gigante que ele constrói há oito anos em um dos cômodos de sua casa. Ferroviário e filho de ferroviário, Éverton Cabral desenvolveu um grande amor pela ferrovia desde pequeno e foi apelidado pela mãe como “doente por ferrovia”. A maquete, como ele mesmo conta, representa um pedacinho da realidade em miniatura, mostrando trechos da linha ferroviária de Divinópolis com a vegetação, os trens, as estações e as oficinas em seu entorno. Mais do que isso, a obra contém bonitos detalhes do cotidiano dos moradores que viviam nas cercanias das linhas. Olhando bem, conseguimos ver crianças brincando, roupas no varal, galinheiros, animais no pasto, entre outros detalhes que fazem da maquete um artefato ainda mais próximo à realidade. O que mais surpreende é que, com seu controle remoto, Everton liga as luzes da “minicidade” e faz o trem andar, com direito a apito e tudo. Por um momento, somos transportados para um passado não tão distante, quando o trem de passageiros era o principal meio para circular por aí. Essa viagem no tempo pelo mundo apresentado por Everton é uma bela forma de não deixar o passado morrer. “Aqui é onde eu tenho o meu mundo. Você pode ver o passado, o presente e pode também pensar no futuro”, conta o ferroviário.
Ele foi, mas a calça ficou
As histórias sobre as viagens de trem contadas pelo pai de Henrique Dimas nunca saíram de sua memória. Chefe de trem, o pai presenciava muitas situações engraçadas e chegava em casa cheio de “causos”. Certo dia, em uma de suas viagens, ele conta que um dos passageiros teve uma forte dor de barriga e não conseguiu chegar a tempo no banheiro, fazendo suas necessidades nas calças. Desesperado, o passageiro correu para o banheiro, lavou a calça e pendurou na janela para secar, enquanto o trem seguia viagem. Só que, enquanto ele esperava no banheiro, o trem passou por uma ponte e sua calça ficou presa nas ferragens, soltando-se da janela da locomotiva. Sem poder sair do banheiro, nessa situação que só piorava, o passageiro esperou até que o trem chegasse em uma estação para, pela janela, pedir uma calça emprestada para as pessoas que por ali passavam. Do desfecho da história, Henrique não se lembra mais, mas ela ainda rende boas risadas.
A marmita foi por água abaixo
Em seus mais de 20 anos como maquinista, Nilson de Matos sempre ouviu boas histórias sobre o ambiente da ferrovia. Uma vez, dois amigos lhe contaram que estavam conduzindo um trem, sendo um auxiliar e o outro maquinista, em um dia normal de trabalho. Quando foi chegando a hora do almoço, o auxiliar abriu sua marmita e viu que sua mãe havia preparado um delicioso frango pra sua refeição. Nesta mesma hora, o trem passava em uma ponte, em cima do rio Lambari e o auxiliar então decidiu jogar sua coxa de frango para os peixinhos. Porém, muito distraído, ele acabou se confundindo e jogou a marmita inteira no rio, ficando com a coxa de frango na outra mão. O maquinista que seguia conduzindo o trem, não se aguentou e teve uma crise de risos. Depois, ficou com pena do amigo e dividiu sua marmita com ele. Nilson se diverte lembrando desse causo que lhe contaram e garante que o ambiente da ferrovia era cheio de histórias assim.
O dia em que meu pai ficou para trás
As viagens de trem fizeram parte da infância de Paulo Roberto. Filho de ferroviário, Paulo cresceu no ambiente das ferrovias e acabou se tornando ferroviário também. Em uma das viagens que fez com a família, Paulo, ainda criança, passou um susto danado com seu pai, Antônio. O trem havia parado na estação, e Seu Antônio, descido para comprar umas revistinhas para os filhos. Naquele momento, Paulo já ficou apreensivo e começou a pensar que, se o pai não voltasse a tempo, o trem partiria e ele nunca mais o veria. Seu Antônio acabou realmente se atrasando e o trem partiu, para o desespero de Paulo, que seguiu o restante da viagem com medo de nunca mais ver o pai. No entanto, quando chegou no destino, lá estava Seu Antônio esperando o restante da família. Ele pegou um ônibus e acabou chegando primeiro que todo mundo. Para o Paulo criança, ver seu pai novamente foi um alívio e tanto!
Um quase acidente
O trabalho do telegrafista era de grande responsabilidade. Era ele quem concedia a licença para o trem circular, junto do agente de estação, que ficava responsável por liberar o veículo. Sebastião Raposo, ferroviário telegrafista aposentado, conta que nos seus muitos anos de trabalho na estação chegou a vivenciar diversos acontecimentos. Certo dia, reparou que o agente de estação tinha liberado a saída de um trem sem a sua concessão e, analisando a situação, percebeu que outro trem vinha de Cajuru no mesmo momento e que um terrível acidente estava prestes a acontecer. Mais do que depressa, Sebastião chamou o agente de estação e travou a composição do trem, impedindo que ele se chocasse com a outra locomotiva que vinha na mesma linha. A atenção e a rapidez do telegrafista salvaram a vida de muitos passageiros.
Passa anel
José Raimundo Calazans era chefe de estação e a ferrovia, sua segunda casa. Entre trabalhos e viagens, caminhando pelo vagão, ele achou no chão um lindo anel de formatura com uma esmeralda e dois diamantes, e, em seu interior, o nome “Célia” gravado. Preocupado, José Calazans percorreu o trem perguntando às moças se alguma se chamava Célia ou se alguém havia perdido um anel. Sem sucesso, levou-o para casa e aguardou para ver se a dona um dia apareceria. Um tempo depois, Ângela, sua neta mais velha, formou-se no curso de magistério, e, como a dona do anel ainda não havia aparecido, José o deu de presente de formatura para ela. A neta conta a história sorrindo e diz que ainda guarda com carinho esse presente inusitado do avô.
Um anjo nos salvou
Seu Antônio Ferreira, como bom contador de causos que é, lembrou esses dias de uma história que mais parece um milagre. Segundo ele, um maquinista estava conduzindo um trem e teria que passar por uma determinada ponte, considerada muito perigosa. Pouco antes de alcançar a ponte, o maquinista viu um anjo batendo asas e gesticulando para que ele parasse. Assustado, ele parou mesmo o trem e foi andando até o lugar para ver o que estava acontecendo. Chegando lá, percebeu que a ponte havia caído. E o que ele pensava ser um anjo era, na verdade, uma linda borboleta, que, pelo reflexo do luar, aparentou ser maior. De uma forma ou de outra, o maquinista a considerou mesmo um anjo que salvou a sua vida e a de todos os passageiros.
Nos bailes da vida
Foi nos bailes da vida que Ary e Letícia se conheceram. Ary era ferroviário e costumava frequentar o Clube dos Ferroviários da cidade, que promovia, além da prática de esportes, festas e bailes. Certo dia, Letícia e Ary foram ao baile, cada um com seus amigos, pois ainda não se conheciam. Chegando lá, ele a avistou de longe e a chamou para dançar. Ela, que não costumava aceitar esses convites, aceitou o de Ary prontamente. Eles contam que foi amor à primeira vista. O romance acabou em casamento, e a ferrovia também esteve presente neste momento. Não foi combinado, mas, no mesmo instante em que a celebração religiosa terminou, a ferrovia apitou. Os noivos então se beijaram ao som do apito do trem. Juntos até hoje, Ary e Letícia celebram esse encontro que já dura algumas décadas e segue ainda com muito amor.
O aceno do trem
Seu Ary sente um amor tão grande pela ferrovia que se considera um saudosista. Ferroviário eletricista aposentado, ele se lembra com carinho da sua infância, quando fazia longas viagens de trem, sempre na janela. Gostava de observar o barulho e o movimento da locomotiva. Dia desses, fazendo o mesmo, mas agora do lado de fora, percebeu que o trem apitou três vezes ao passar perto dele e, como um bom saudosista, não conseguiu conter suas lágrimas. Sentiu que era como se o trem acenasse para ele, com saudade daqueles tempos que não voltam mais. Dona Letícia, sua esposa, impressionada com a situação, foi comentar o acontecido com o neto André, também ferroviário.
– André, a máquina passa aqui apitando sem parar, parece até que tem saudade dele.
– Vó, sou eu – revelou o neto.
O trem, que reconhece Seu Ary, é, na verdade, a sua história na ferrovia, que segue sendo escrita em sua família, de geração em geração.
Uma estranha noite de natal
Era 24 de dezembro de 1985. Todos estavam em suas casas com suas famílias, curtindo a véspera do Natal. Foi quando bateram na casa de Mário Paixão, ferroviário mecânico, que dava assistência em locomotivas junto ao seu grupo de socorro. O recado que traziam era de que havia ocorrido um grave acidente na linha férrea, em um trecho próximo ao município de Carmo da Mata – MG. Seu Mário e sua equipe deviam ir prontamente ao local prestar socorro. Mesmo de recesso pelo Natal, ele se juntou à equipe e pegou estrada rumo ao acidente. Em uma força-tarefa, um de seus encarregados usou um guindaste para destombar uma locomotiva que havia saído dos trilhos. Naquele momento, o cabo do guindaste partiu e foi em direção ao Mário Paixão. Rapidamente, o mecânico conseguiu desviar, evitando uma tragédia. Mesmo trabalhando com um serviço de risco, Mário conta que nunca se machucou e que não tinha medo de exercer o seu trabalho. No entanto, neste dia, ele comenta que viu a morte em sua frente, mas que as mãos de Deus o protegeram.
Pancadaria, pilhagem, tiroteio e um vigário que acalmou o povo
Por volta de 1892, um grupo de portugueses (conhecidos como povo da estrada) chegou ao arraial do Espírito Santo do Itapecerica (futura Divinópolis) para fazer a manutenção das ferramentas utilizadas na construção da estrada de ferro. Eles provocaram tamanha desordem que a população local se assustou. Pancadarias, pilhagens, arrombamentos, roubos de residência e tiroteios se espalharam pela região. As famílias, sem o apoio dos policiais, que haviam abandonado seus postos, escondiam-se nos arredores, em meio a matagais, para que não sofressem na mão do grupo.
O vendeiro Belmiro e o oficial de justiça Joaquim Inácio iniciaram esforços para resolver a situação. Os portugueses descobriram os planos e invadiram a casa de Belmiro, obrigando-o a abandonar o local, destruído logo em seguida. Após um tempo, Antônio Hipólito Dias, pequeno produtor local que estava sendo ameaçado pelos portugueses, pediu ajuda a João Epifânio e ao chefe político Major Francisco Gontijo Machado. Deles, Antônio recebeu armas e munições suficientes para enfrentar, junto de sua família, o ataque dos portugueses. Desta vez, o líder dos desordeiros e alguns de seus seguidores foram mortos, e grande parte dos sobreviventes, expulsa do arraial. Em 1905, um novo tiroteio aconteceu após um espetáculo de circo local. Dessa vez, provocado por ferroviários. 14 trabalhadores da ferrovia foram presos e julgados na ocasião. Foi apenas em 1906 que as desavenças entre os ferroviários do bairro Esplanada e os forasteiros sobreviventes dos conflitos tiveram fim. O vigário local, Padre Inácio Gonçalves Araújo, em um esforço diplomático, conseguiu envolver os dois grupos em atividades coletivas sociais e religiosas, como a canalização de água potável para a cidade.
De operário a criador de locomotiva
João Morato de Faria nasceu em 1895 e era um operário de nível primário muito habilidoso com mecânica, ofício que aprendeu sozinho. Começou a trabalhar na EFOM em 1911 como aprendiz e não recebia por seu trabalho de carregamento de lamparinas de querosene para iluminar a revisão noturna de carros. Aos poucos, foi crescendo na empresa e se tornou mecânico-chefe da Oficina da RMV em Divinópolis. Foi o responsável pela construção das famosas locomotivas nº 339 e nº 340. Participou também de outros momentos importantes na história da ferrovia mineira. Um exemplo foi o processo de transformação da bitolinha de movimento interno para movimento externo. Essa mudança foi feita por meio de garfos e barras de combinação que modificaram o sistema de freios das locomotivas da RMV, já que o sistema de freios de ar comprimido utilizado na bitolinha de 0,75m, devido à falta de materiais, funcionava precariamente e constantemente necessitava de manutenções.
Ferrovia hoje e segurança nos trilhos
No ano de 2022, completam-se 132 anos da instalação da linha férrea na cidade de Divinópolis. A ferrovia, que já foi regida pelo estado, pela federação e por empresas privadas, hoje é gerida pela VLI, empresa privada de logística que realiza o transporte de bens siderúrgicos, minerais e do agronegócio, através de portos, ferrovias e terminais.
Divinópolis segue sendo um importante polo ferroviário e os trilhos são parte muito importante da economia e do cotidiano local. Para garantir a segurança dos atuais ferroviários e moradores que convivem diariamente com os trens, a VLI tem como prioridade ações preventivas. Além de reuniões diárias de segurança com toda a equipe, a VLI desenvolve projetos diversos de prevenção. Um exemplo recente é o projeto de conscientização e proteção chamado “Segurança 360°”. A iniciativa promove ações alternativas a ser realizadas pelos funcionários, pela comunidade, pela imprensa e pela publicidade, com o objetivo de reduzir o número de acidentes nas linhas férreas, criando uma prática cultural voltada à segurança de todos. Importante lembrar que a segurança nas linhas férreas é responsabilidade de todos nós, visto que elas cortam as cidades e atravessam ruas e avenidas. É por isso que devemos estar atentos à sinalização ferroviária, respeitar as faixas de domínio e garantir um ambiente seguro para os ferroviários e para toda a comunidade.
“Hoje atuo como fresador, mas também já desenvolvi cargo de mecânico. Já sou ferroviário há 10 anos e faço parte do sindicato da ferrovia como delegado sindical. Meu objetivo é lutar pela garantia dos direitos dos meus colegas de profissão. Como a ferrovia é um ambiente de trabalho que envolve riscos, todos os dias, a primeira atividade desenvolvida é uma reunião de segurança. Nesse momento, a gente discute e reelabora os planos de trabalho a serem feitos no dia, nos atentando a potenciais pontos de perigo para minimização dos riscos. Nossa segurança tem que estar sempre em primeiro lugar.”
Depoimento de Jonas Gabriel Teixeira, ferroviário.