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Estação Carmo do Cajuru

Carmo do Cajuru | MG

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A cidade respirava a vida no trem e muitas de suas construções surgiram por causa da ferrovia. Clique no mapa e conheça mais a história de algumas dessas estruturas e espaços que ficavam no entorno das estações do trem.

Mapa do entorno de Carmo do Cajuru

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Estação de Angicos

Antes de ser chamado Angicos, o local era conhecido como povoado “Cunha”, devido à presença da família Cunha Ribeiro. Anteriormente, era identificado como Córrego Fundo e situava-se mais ao norte em relação à estação. Com a construção da estrada de ferro e da estação em 1911, a região em que a estação foi estabelecida passou oficialmente a ser chamada de Angicos. Por meio dela, tanto pessoas quanto mercadorias chegavam e partiam do povoado.

Estação de Amoras

Antes da construção da estrada de ferro não havia uma comunidade no local, seu surgimento ocorreu com a chegada da linha férrea. A escolha do local para construção da estação (em 1913) se deu por causa da pedreira, pois dela poderia ser retirado o cascalho utilizado na ferrovia. Pela estação saíam vários vagões carregados com pedra e brita. Havia lá um posto telegráfico, coordenado por Rômulo Guimarães, irmão do Carlito Guimarães, que trabalhou como Chefe de Estação em Cajuru.

Pedreira de Amoras

A tarefa de retirar o cascalho não era nada fácil. Era preciso provocar explosões para retirar grandes blocos, duas vezes ao dia: primeiro às 11h e depois às 17h. Nessa hora todo o perímetro da pedreira era fechado, e acionava-se uma sirene para as pessoas saberem que era o momento de explodir as pedras. O Sr. Moacir, encarregado da pedreira após a aposentadoria do Sr. José Epifânio, conta que, além da pedreira, havia ali também uma fábrica de manilhas. Ambas funcionaram até o ano de 1984.

Depoimento

“Todo dia às 11:00 horas soava uma sirene, e todos os trabalhadores e moradores da comunidade da Pedreira de Amora se abrigavam em casa e em lugares seguros para não serem atingidos pelos estilhaços de pedras que voavam pra todo lado com a potência da explosão, ouvida a quilômetros de distância.” Édina Maria de Fátima Toledo, filha de José Epifânio Zeferino, ferroviário aposentado.

Capela do Senhor Bom Jesus de Angicos

Construída em 1950 pelo padre João Parreiras Villaça no povoado dos Cunhas (antigo Córrego Fundo). O centro de Angicos, antes em outro local, passou a ser junto à capela devido à sua importância. Já em 1950 o padre promoveu o primeiro Jubileu. A cada ano o movimento aumentava, atraindo peregrinos de outras cidades, que iam de trem. Um novo santuário foi construído em 1978 e, mesmo quando o trem de passageiros parou de circular, a linha era utilizada como trajeto para ir até lá a pé.

Depoimentos

“Na época do Jubileu os trens andavam cheios para ir e, normalmente, para retornar. Algumas pessoas também iam a pé.” Joaquim Viana de Camargos Filho, filho de Joaquim Viana, ferroviário aposentado.

“O Jubileu de Angicos foi uma das maiores, se não a maior, festa de peregrinação religiosa aqui da nossa região. O padre João fundou o Jubileu e, por causa do trem, vinham de todos os lados para a festa aqui no Cajuru.” Anthony Alves Rabelo, morador de Carmo do Cajuru.

As Turmas

Moradias construídas pela Rede para acomodar trabalhadores da estrada de ferro nas proximidades das estações. Geralmente eram ocupadas por trabalhadores responsáveis pela manutenção da linha que vinham de outras cidades para trabalhos fixos ou temporários. Em Cajuru, havia uma nas imediações da Cachoeira do Arthur, com cerca de cinco casas de madeira. Em Amoras, existia um conjunto de 16 casas, chamado por algumas pessoas de “Vila”, pois ali viveram cerca de 100 pessoas.

Casa de Godofredo Passos

Godofredo Passos era um dos engenheiros vindos do Rio de Janeiro para construir a seção da ferrovia que passa por Carmo do Cajuru. Com o tempo, ele começou a se apegar à cidade e decidiu morar aqui. Ele negociou um terreno com Aquiles Guimarães, uma pessoa com quem faria outros negócios, como o primeiro cinema da cidade no terreno próximo à estação. A casa foi tombada como patrimônio cultural pelo município.

A caixa d’água

Elemento fundamental para a ferrovia, pois fornecia água aos reservatórios das locomotivas a vapor. Os adultos alertavam as crianças durante esse abastecimento, explicando que a maria-fumaça estava prestes a “beber água” e que era necessário se afastar. Isso se devia ao vapor extremamente quente gerado pela temperatura da caldeira, capaz de causar ferimentos a quem estivesse muito próximo à locomotiva. Nos dias de calor intenso, era comum as pessoas aproveitarem a água desse local para se refrescarem.

Casa do Chefe de Estação

O Chefe da Estação precisava estar sempre muito próximo da ferrovia. Ele e o Agente de Estação eram os únicos funcionários que trabalhavam lá, então, qualquer coisa que acontecesse exigia a rápida presença de ambos. A casa onde moravam o chefe e a família ficava justamente ao lado da estação e era bem simples, comparada a outras edificações próximas da linha.

Máquina de beneficiar arroz

Pertencia a José Claret Pimenta, conhecido como Cabritinho. O maquinário é destinado a pequenos e médios produtores, realizando todas as etapas de processamento de arroz em casca em um único equipamento: triagem, descascamento, polimento e seleção. Ficava próximo à ferrovia para facilitar o escoamento do produto após o beneficiamento.

Cineteatro

Primeiro cinema de Cajuru, construído à época do cinema. Inaugurado em 23 de maio de 1922, foi construído por Godofredo Passos e Aquiles Guimarães (responsável pela projeção dos filmes). As filhas de Godofredo faziam a trilha sonora dos filmes, ao vivo: uma cantava enquanto a outra tocava piano. Anos depois foi fechado e, a partir de 1939, abrigou diversos clubes dançantes: “Clube dos Pardais” e, posteriormente, “Clube do 80”. Seu nome oficial, ainda que pouco usado, era “Clube Lítero-Recreativo”.

A Estação

Era a área mais movimentada da cidade. Todo mundo ia até a Praça da Estação para acompanhar os trens, comprar quitandas ou fazer algum serviço nos diversos comércios das redondezas. Ali era também o ponto de encontro das crianças, de amigos, namorados, famílias. Era aonde chegavam as notícias pelos telegramas ou correios e por onde chegavam novas pessoas; ao seu redor acontecia de tudo.

Depoimento

“Tinha a venda do Cristino Mateus… Tinha um outro comércio menor que era do Antônio Leopoldino na mesma época, e tinha também uma grande loja que vendia calçados, tecidos… que era do Sebastião Alves Nogueira. Dele, também, havia um comércio lá na praça, que era muito forte.” Célio Antônio Cordeiro, morador de Carmo do Cajuru.

Cooperativa Agropecuária

Criada em 1950 e em operação desde 1951, teve sua sede na antiga fábrica de manteiga de Antônio Altivo. Inicialmente chamada Cooperativa dos Produtores de Leite, passou a ser Cooperativa Agropecuária em 1956. Em 1974, fundiu-se a outra cooperativa, formando a atual Cooperativa Regional dos Produtores Rurais. Essencial para articular os trabalhadores rurais, impulsionou a modernização e eficiência na produção, possibilitando a compra de fertilizantes, adubos, remédios, máquinas agrícolas, entre outros.

Clube dos Vinte

Uma das danceterias mais importantes de Carmo do Cajuru foi o “Clube dos Vinte”, que ficava na parte de cima da Praça da Estação. Depois de muito movimento, seu nome mudou para “Discoteca Aquárius”. Atualmente, o local abriga o Kaká Restaurante.

Vagões-dormitórios

Próximo à estação havia, também, vagões que serviam como alojamento. Eles ficavam parados nos desvios de linha e incluíam uma cozinha, geralmente administrada pelos próprios funcionários. Ocasionalmente incluíam um(a) cozinheiro(a) para fazer o alimento, porém, eles também cozinhavam suas próprias refeições em muitos momentos.

Pontilhão Oswaldo Cândido de Almeida

Localizado entre Divinópolis e Cajuru, sobre o rio Pará, recebeu o nome de um dos chefes de estação daqui da cidade. Ele foi inaugurado no mesmo dia do prolongamento da linha, em 1º de janeiro de 1911. Sua construção tinha como finalidade atender o ramal que ligava Divinópolis a Belo Horizonte. Em 1865, segundo Oswaldo Diomar, já havia uma ponte de madeira no local, mas ela foi destruída por uma enchente, nesse mesmo ano, sendo substituída por outra, de concreto, nos anos de 1950.

Estação de Angicos:

Antes de ser chamado Angicos, o local era conhecido como povoado “Cunha”, devido à presença da família Cunha Ribeiro. Anteriormente, era identificado como Córrego Fundo e situava-se mais ao norte em relação à estação. Com a construção da estrada de ferro e da estação em 1911, a região em que a estação foi estabelecida passou oficialmente a ser chamada de Angicos. Por meio dela, tanto pessoas quanto mercadorias chegavam e partiam do povoado.

Estação de Amoras

Antes da construção da estrada de ferro não havia uma comunidade no local, seu surgimento ocorreu com a chegada da linha férrea. A escolha do local para construção da estação (em 1913) se deu por causa da pedreira, pois dela poderia ser retirado o cascalho utilizado na ferrovia. Pela estação saíam vários vagões carregados com pedra e brita. Havia lá um posto telegráfico, coordenado por Rômulo Guimarães, irmão do Carlito Guimarães, que trabalhou como Chefe de Estação em Cajuru.

Pedreira de Amoras

A tarefa de retirar o cascalho não era nada fácil. Era preciso provocar explosões para retirar grandes blocos, duas vezes ao dia: primeiro às 11h e depois às 17h. Nessa hora todo o perímetro da pedreira era fechado, e acionava-se uma sirene para as pessoas saberem que era o momento de explodir as pedras. O Sr. Moacir, encarregado da pedreira após a aposentadoria do Sr. José Epifânio, conta que, além da pedreira, havia ali também uma fábrica de manilhas. Ambas funcionaram até o ano de 1984.

Depoimento

“Todo dia às 11:00 horas soava uma sirene, e todos os trabalhadores e moradores da comunidade da Pedreira de Amora se abrigavam em casa e em lugares seguros para não serem atingidos pelos estilhaços de pedras que voavam pra todo lado com a potência da explosão, ouvida a quilômetros de distância.” Édina Maria de Fátima Toledo, filha de José Epifânio Zeferino, ferroviário aposentado.

Capela do Senhor Bom Jesus de Angicos

Construída em 1950 pelo padre João Parreiras Villaça no povoado dos Cunhas (antigo Córrego Fundo). O centro de Angicos, antes em outro local, passou a ser junto à capela devido à sua importância. Já em 1950 o padre promoveu o primeiro Jubileu. A cada ano o movimento aumentava, atraindo peregrinos de outras cidades, que iam de trem. Um novo santuário foi construído em 1978 e, mesmo quando o trem de passageiros parou de circular, a linha era utilizada como trajeto para ir até lá a pé.

Depoimentos

“Na época do Jubileu os trens andavam cheios para ir e, normalmente, para retornar. Algumas pessoas também iam a pé.” Joaquim Viana de Camargos Filho, filho de Joaquim Viana, ferroviário aposentado.

“O Jubileu de Angicos foi uma das maiores, se não a maior, festa de peregrinação religiosa aqui da nossa região. O padre João fundou o Jubileu e, por causa do trem, vinham de todos os lados para a festa aqui no Cajuru.” Anthony Alves Rabelo, morador de Carmo do Cajuru.

As Turmas

Moradias construídas pela Rede para acomodar trabalhadores da estrada de ferro nas proximidades das estações. Geralmente eram ocupadas por trabalhadores responsáveis pela manutenção da linha que vinham de outras cidades para trabalhos fixos ou temporários. Em Cajuru, havia uma nas imediações da Cachoeira do Arthur, com cerca de cinco casas de madeira. Em Amoras, existia um conjunto de 16 casas, chamado por algumas pessoas de “Vila”, pois ali viveram cerca de 100 pessoas.

Casa de Godofredo Passos

Godofredo Passos era um dos engenheiros vindos do Rio de Janeiro para construir a seção da ferrovia que passa por Carmo do Cajuru. Com o tempo, ele começou a se apegar à cidade e decidiu morar aqui. Ele negociou um terreno com Aquiles Guimarães, uma pessoa com quem faria outros negócios, como o primeiro cinema da cidade no terreno próximo à estação. A casa foi tombada como patrimônio cultural pelo município.

A caixa d’água

Elemento fundamental para a ferrovia, pois fornecia água aos reservatórios das locomotivas a vapor. Os adultos alertavam as crianças durante esse abastecimento, explicando que a maria-fumaça estava prestes a “beber água” e que era necessário se afastar. Isso se devia ao vapor extremamente quente gerado pela temperatura da caldeira, capaz de causar ferimentos a quem estivesse muito próximo à locomotiva. Nos dias de calor intenso, era comum as pessoas aproveitarem a água desse local para se refrescarem.

 

Casa do Chefe de Estação

O Chefe da Estação precisava estar sempre muito próximo da ferrovia. Ele e o Agente de Estação eram os únicos funcionários que trabalhavam lá, então, qualquer coisa que acontecesse exigia a rápida presença de ambos. A casa onde moravam o chefe e a família ficava justamente ao lado da estação e era bem simples, comparada a outras edificações próximas da linha.

Máquina de beneficiar arroz

Pertencia a José Claret Pimenta, conhecido como Cabritinho. O maquinário é destinado a pequenos e médios produtores, realizando todas as etapas de processamento de arroz em casca em um único equipamento: triagem, descascamento, polimento e seleção. Ficava próximo à ferrovia para facilitar o escoamento do produto após o beneficiamento.

Cineteatro

Primeiro cinema de Cajuru, construído à época do cinema. Inaugurado em 23 de maio de 1922, foi construído por Godofredo Passos e Aquiles Guimarães (responsável pela projeção dos filmes). As filhas de Godofredo faziam a trilha sonora dos filmes, ao vivo: uma cantava enquanto a outra tocava piano. Anos depois foi fechado e, a partir de 1939, abrigou diversos clubes dançantes: “Clube dos Pardais” e, posteriormente, “Clube do 80”. Seu nome oficial, ainda que pouco usado, era “Clube Lítero-Recreativo”.

A Estação

Era a área mais movimentada da cidade. Todo mundo ia até a Praça da Estação para acompanhar os trens, comprar quitandas ou fazer algum serviço nos diversos comércios das redondezas. Ali era também o ponto de encontro das crianças, de amigos, namorados, famílias. Era aonde chegavam as notícias pelos telegramas ou correios e por onde chegavam novas pessoas; ao seu redor acontecia de tudo.

Depoimento

“Tinha a venda do Cristino Mateus… Tinha um outro comércio menor que era do Antônio Leopoldino na mesma época, e tinha também uma grande loja que vendia calçados, tecidos… que era do Sebastião Alves Nogueira. Dele, também, havia um comércio lá na praça, que era muito forte.” Célio Antônio Cordeiro, morador de Carmo do Cajuru.

Cooperativa Agropecuária

Criada em 1950 e em operação desde 1951, teve sua sede na antiga fábrica de manteiga de Antônio Altivo. Inicialmente chamada Cooperativa dos Produtores de Leite, passou a ser Cooperativa Agropecuária em 1956. Em 1974, fundiu-se a outra cooperativa, formando a atual Cooperativa Regional dos Produtores Rurais. Essencial para articular os trabalhadores rurais, impulsionou a modernização e eficiência na produção, possibilitando a compra de fertilizantes, adubos, remédios, máquinas agrícolas, entre outros.

Clube dos Vinte

Uma das danceterias mais importantes de Carmo do Cajuru foi o “Clube dos Vinte”, que ficava na parte de cima da Praça da Estação. Depois de muito movimento, seu nome mudou para “Discoteca Aquárius”. Atualmente, o local abriga o Kaká Restaurante.

Vagões-dormitórios

Próximo à estação havia, também, vagões que serviam como alojamento. Eles ficavam parados nos desvios de linha e incluíam uma cozinha, geralmente administrada pelos próprios funcionários. Ocasionalmente incluíam um(a) cozinheiro(a) para fazer o alimento, porém, eles também cozinhavam suas próprias refeições em muitos momentos.

Pontilhão Oswaldo Cândido de Almeida

Localizado entre Divinópolis e Cajuru, sobre o rio Pará, recebeu o nome de um dos chefes de estação daqui da cidade. Ele foi inaugurado no mesmo dia do prolongamento da linha, em 1º de janeiro de 1911. Sua construção tinha como finalidade atender o ramal que ligava Divinópolis a Belo Horizonte. Em 1865, segundo Oswaldo Diomar, já havia uma ponte de madeira no local, mas ela foi destruída por uma enchente, nesse mesmo ano, sendo substituída por outra, de concreto, nos anos de 1950.

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